Onda de
protestos se espalhou pelo Oriente Médio e norte da África, derrubou quatro
ditadores em um ano e matou milhares
Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano,
desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação
contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que
terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que viria a ser
chamado mais tarde de Primavera Árabe. Protestos se espalharam
pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a
fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava
no poder desde novembro de 1987.
Inspirados no "sucesso" dos
protestos na Tunísia, os egípcios foram às ruas. A saída do
presidente Hosni Mubarak, que estava no poder havia 30 anos, demoraria um
pouco mais. Enfraquecido, ele renunciou dezoito dias depois do início das
manifestações populares, concentradas na praça Tahrir (ou praça da
Libertação, em árabe), no Cairo, a capital do Egito. Mais tarde,
Mubarak seria internado e, mesmo em uma cama hospitalar, seria levado a
julgamento.
A Tunísia e o Egito foram
às urnas já no primeiro ano da Primavera Árabe. Nos dois países, partidos
islâmicos saíram na frente. A Tunísia elegeu, em eleições muito disputadas, o Ennahda.
No Egito, a Irmandade Muçulmana despontou como favorito nas apurações
iniciais do pleito parlamentar.
A Líbia demorou bem mais até
derrubar o coronel Muamar Kadafi, o ditador que estava havia mais tempo no
poder na região: 42 anos, desde 1969. O país se envolveu em uma violenta guerra
civil, com rebeldes avançando lentamente sobre as cidades ainda dominadas pelo
regime de Kadafi. Trípoli, a capital, caiu em agosto. Dois meses depois, o
caricato ditador seria capturado e morto em um buraco de esgoto em Sirte,
sua cidade natal.
O último ditador a cair foi Ali Abdullah
Saleh, presidente do Iêmen. Meses depois de ficar gravemente ferido em um
atentado contra a mesquita do palácio presidencial emSanaa, Saleh assinou um
acordo para deixar o poder. O vice-presidente, Abd Rabbuh Mansur al-Radi,
anunciou então um governo de reconciliação nacional. A saída negociada de
Saleh foi também fruto de pressão popular.
Fonte: http://topicos.estadao.com.br/primavera-arabe
Estão certos, não devem mesmo aceitar esse regime de Militarismo e Ditadura.... O mundo é democrático e já passou da hora do 1º mundo só tirar proveito da África, chega de usar esse povo como mão-de-obra e extrair todos seus recursos naturais ou não.
ResponderExcluirÉ muito bom ter conhecimento deste continente, além da miséria mostrada pela mídia.
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